6 de out. de 2011

"A única maneira de fazer um excelente trabalho, é amar o que você faz…

…Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue."

Na noite de ontem, 5 de outubro, a Apple anunciou a morte de Steve Jobs, ícone da indústria da tecnologia, criador de produtos como os computadores Mac, o celular iPhone e o tablet iPad. Cofundador da Apple e principal responsável pelo sucesso da companhia, Jobs tinha 56 anos. 

Não vou estender o assunto. Muito já está sendo comentado, compartilhado, lembrado… Vou apenas reproduzir um vídeo do discurso feito por Jobs para a turma de formandos da Universidade de Standford em julho de 2005. Curiosamente, ele nunca se formou, porém, contou para a plateia um pouco sobre sua relação pouco peculiar com a educação formal, dando um banho de sabedoria.

Vale a pena assistir:


4 de out. de 2011

Hotel Ruanda

No último sábado, dia 1º de outubro, assistimos "Hotel Ruanda", no CiUni Show. Um ótimo filme, que suscitou boas discussões. Para quem não pôde participar desta sessão, fica a dica:


Vale a pena também saber um pouquinho mais sobre o assunto tratado no filme:

A história se passa em Kigali, capital da Ruanda em 1994, no que ficou conhecido por Genocídio de Ruanda. Paul Rusesabagina (Don Cheadle) é gerente do Hotel des Mille Collines, propriedade da empresa belga Sabena. Relata um período de aumento da tensão entre a maioria hutu e a minoria tutsi, duas etnias de um mesmo povo que ninguém sabe diferenciar uma da outra a não ser pelos documentos.

Tudo começa quando o presidente de Ruanda morre em um atentado após assinar um acordo de paz. Imediatamente os hutus creditam o crime aos guerrilheiros tutsis, dando início ao genocídio de tutsis e hutus moderados.

Neste instante, Paul tenta proteger sua família, mas com iminente massacre generalizado, compra favores para proteger seus vizinhos que haviam pedido abrigo em sua casa na primeira noite de atrocidades.
Com a continuidade da tensão e mortes de governantes, os turistas partem enquanto que no hotel, aumentam a quantidade de vítimas que procuram abrigo e proteção (forças do EUA) fazem a segurança do mais novo "hotel de refugiados".

Pela compra de favores dos militares e da milícia Interahamwe, Paul consegue manter o hotel a salvo. O Coronel Oliver, interpretado por Nick Note, é um personagem fictício que representa os militares canadenses no comando das forças de paz das Nações Unidas da Missão de Assistência das Nações Unidas para Ruanda (UNAMIR), que tentam proteger vidas mesmo com a falta de tropas.

Um momento de esperança resplandece quando tropas belgas surgem, mas estas têm a única missão de resgatar os estrangeiros, não tendo como objetivo interromper o massacre de tutsis pelos hutus.

Com a saída dos estrangeiros do hotel, Paul inicia negociações com o General Bizimungu (Fana Mokoena) para conseguir proteção policial porém não consegue.

Tentam uma saída para alguns membros, mas entraram numa cilada que quase acabou com a familia de Paul. Na outra tentativa, escoltados pelas forças da Onu cruzam com rebeldes tutsis, e chegam até o campo de refugiados, "mais seguro" e que dali poderiam partir para a Tanzânia.

Paul é Hutu e sua mulher, Tatiana é Tutsi. Ele havia sido treinado na Bélgica para administrar o hotel quatro estrelas Mil Colinas, localizado em Kigali, capital da Ruanda, quando a tensão secular crescente explodiu em uma guerra total. Durante cem dias, perto de um milhão de pessoas morreram baleadas, queimadas ou esquartejadas, num dos massacres mais sangrentos de todos os tempos e que a comunidade internacional fez muito pouco para evitar ou sequer tentar interromper.

Num comportamento que já foi comparado ao episódio tratado em A Lista de Schindler, Paul escondeu na propriedade 1200 Tutsis, entre eles alguns empresários e políticos, que seriam os primeiros alvos dos Hutus.

As informações são da Wikipedia. Ah, vale a pena clicar e saber mais sobre o "Genocídio de Ruanda", linkado no texto acima.

O medo, a coragem e as mudanças!

Texto escrito pelo P. Renato Becker*

Aqui e ali, converso com pessoas ligadas à nossa Comunidade. Outro dia dei atenção a uma senhora que continuava investindo suas forças no sentido de se acostumar com o estilo de vida da nossa cidade. Na nossa despedida ela se saiu assim: - Muito obrigada pelo seu cuidado para comigo! Não mude o seu jeito de ser.

Volta e meia se ouve uma palavra assim. Vamos combinar que o desejo desta senhora em relação a mim foi querido. Claro que foi! Agora, se nós não mudássemos o nosso jeito de ser, “estacionaríamos no tempo”; nos “solidificaríamos na história”. É assim que todas as mudanças que acontecem conosco; que todas as nossas experiências cooperam para o nosso amadurecimento; para o nosso “crescimento” para dentro da Terceira Idade. Se permanecêssemos sempre os mesmos, isso nos seria uma tragédia. Minha avó sempre dizia: - Um ramo verde a gente dobra com facilidade, já um galho seco é rígido. Se lhe aplicarmos um pouco de pressão ele logo se quebra. Quanta sabedoria!

Mudanças pessoais sempre são necessárias. Mesmo assim, muitos não querem mudar. Esse pessoal espera que os outros mudem. Mudar de emprego, de casa, de visual sempre é um bom exercício e até são muitos os que o praticam. Agora, mudar a si mesmo, essa é uma atitude um tanto mais difícil. Os terapeutas sustentam que, em alguns casos, as pessoas até têm a intenção de mudar, quando querem se libertar de algum peso como ansiedade e ou depressão. Problemas esses que sempre geram perda de controle; que sempre promovem pensamentos estranhos; que sempre oportunizam a desestabilização. Livrar-se de situações que provocam dor – quem não quer isso? Mas daí então, livrados do “mal”, como mudar o resto? Como vir a ser uma pessoa diferente sem o uso de alguma negação?

Ninguém consegue se “auto-esculpir” numa nova pessoa. As mudanças sempre vão acontecendo. Daí que levar esse fato em conta; envolver-se com tudo o que acontece à nossa volta é comportamento excelente. Mesmo que eu conseguisse me “formatar” num novo “design” eu teria pelo menos um problema: Como seguir adiante? Como continuar desenvolvendo meus planos? Como alcançar meus objetivos? Será que eles seriam mesmo os meus planos e os meus objetivos? Não seriam eles os planos e os objetivos dos meus pais; da minha parceira; dos meus pares; da publicidade que acabou de fazer “casa” em mim? Será que os planos e objetivos que eu persigo se ajustam ao meu jeito de ser? Luto em prol deles como se eles fossem uma espécie de “canga” que pesa e machuca meu pescoço? Será que não estou gastando muito das minhas energias; perdendo meu fôlego na tentativa de parecer maior do que realmente sou?

Os cristãos esperam que o Espírito de Deus lhes preencha; mova-lhes; promova-lhes mudanças; influencie-lhes. Para tal eles buscam orientação em Jesus Cristo. O apóstolo Paulo formulou esta máxima com maestria quando escreveu: “... Estamos sendo transformados na imagem de Deus de glória em glória pelo Espírito do Senhor!” (2 Coríntios 3.18b) Penso que não precise expressar que isso não significa que, a partir de agora, vamos ter que caminhar com o tipo de sandálias com as quais Jesus caminhava; que passaremos a usar barba comprida como as belas pinturas da Idade Média testemunham que os profetas usavam. Pelo contrário: nós passaremos a viver conforme a vontade de Deus; nós tentaremos nos enraizar no amor de Deus.

As mudanças, muitas vezes, não são e nem podem ser planejadas. Muitas vezes elas também nem se encaixam no contexto que estamos vivendo, mesmo se Deus esteja por detrás delas. Aqui pensei em Moisés e em Jeremias. Homens que, chamados por Deus para uma obra bem específica, sentiram medo... Mas isso já é outro assunto.

*Espiem seu blog também: http://renatobecker.blogspot.com