Por P. Renato Luiz Becker
A MiUni (Missão Universitária) esteve reunida em retiro no último final de semana (16 e 17 de abril de 2011). O local era simplesmente paradisíaco. Hospedamo-nos numa casa à beira mar, bem no sul da ilha que abriga a capital dos catarinenses – Florianópolis. Foi lá que discutimos sobre o tema “predestinação”.
Será que tudo o que acontece conosco foi de fato previamente planejado por Deus? Vimos que a “doutrina da predestinação” não tem raízes no luteranismo, mas no calvinismo. Depois de nos aprofundarmos um pouco mais no assunto, vimos que essa doutrina é um tanto controversa.
Os grupos e as pessoas que defendem esta doutrina entendem que Deus destina alguns indivíduos à salvação e outros à perdição; que Deus elege uns e rejeita outros, sempre de acordo com Sua escolha pessoal. O grande teólogo Agostinho foi o primeiro a trabalhar esta idéia. No seu entender a predestinação liberava a pessoa cristã de praticar boas obras.
Concluímos que a “doutrina da predestinação” bate de frente com a “doutrina da justificação pela fé” que entende a salvação como uma graça; como um presente alcançado indistintamente a todas as pessoas. A nossa reflexão nos oportunizou o aprendizado de que todos os reformadores apoiaram a última.
Para nós a “doutrina da predestinação” defendida pelo teólogo Calvino é controversa. Afirmamos assim porque a mesma aceita a condenação de uma parte da humanidade como irreversivelmente decidida por Deus. Esse entendimento não se coaduna a palavra de Paulo aos Romanos que diz que o “justo viverá pela fé”. (Romanos 1.17)