15 de mar. de 2010

O perfil de Jesus

Em torno de balões brancos e amarelos, e uma mesa repleta de guloseimas, 14 miuneiros conversaram sobre a Sexta-feira Santa, entrando principalmente no mérito da cruz como símbolo de tortura e, ao mesmo tempo, esperança.

Para quem não pode comparecer, o estudo está disponível na íntegra aqui no site, na sessão homônima.

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Hoje, porém, escrevo a fim de adiantar o próximo tema sobre o qual refletiremos, que é o perfil de Jesus. Nosso amigo Filipe é quem está preparando uma série de estudos, baseado no livro "Em 6 passos o que faria Jesus - novíssimo manual de conduta do seguidor de Jesus", de Paulo Brabo.

O jornal A Notícia de ontem dedicou um espaço para a obra, que vale a pena ser lido:

Para um católico que é regido pelos ensinamentos da cartilha da Igreja, com base nos Evangelhos, os pensamentos de Paulo Brabo podem ser avaliados como arrogantes. Mas para um religioso, ou melhor, cristão mais ponderado, essas ideias mostram uma visão bem madura dos ensinamentos de Cristo.

O livro “Em 6 Passos o que Faria Jesus – Novíssimo manual de conduta do seguidor de Jesus” apresenta conceitos que se forem levados a sério e praticados – e é isso que Brabo sugere – exigiria uma mudança radical do que geralmente é apresentado pela doutrina da Igreja. Talvez para melhor.

Brabo motiva a uma reflexão do comportamento de Cristo, além da imagem de um espírito evoluído que encarnado para se tornar um homem político que pregou o respeito e o amor pelo próximo com simplicidade. Brabo escreve que Jesus constumava agir de forma bem diferente dos cristãos contemporâneos, que se dizem seguidores da doutrina do filho de Deus. “Ao contrário de nós, Jesus não saía pelo mundo distribuindo certezas. Num sentido mais profundo, o que ele fazia era semear dúvida, especialmente na mente dos que estavam certos de que sua postura morais e seu procedimentos religioso lhe haviam cercado de seguranças firmes e definitivas”, escreve.

Na análise dessa postura é que estão embasados os seis passos sugeridos pelo autor. Como todo livro escrito sobre Jesus, revela suposições com base em estudos bíblicos e de doutrinas religiosas que revelam as ações dele sobre a terra. Brabo se baseia nos seus conhecimentos talhados em anos de reflexão.

Paulo Roberto Purim é o seu nome verdadeiro. Ele foi apelidado de “brabo” e adotou esse codinome como sobrenome para assinar as obras. Ilustrador profissional e devorador de livros, Brabo mora em Curitiba numa casa que ele chama de “Monastério de São Brabo”. Para ajudar a difundir seus pensamentos, criou um site chamado Bacia das Almas (www.baciadasalmas.com). A página virtual é definida como “repositório final das ideias condenadas à reformulação eterna”.


Seguindo a linha da simplicidade, Brabo resolveu colocar em prática essa postura e editou o livro sem capa – só um papel com uma gramatura mais dura e que envolve as 78 páginas preenchidas em textos curtos, mas profundos.

Numa de suas avaliações do comportamento do filho de Deus, diz que Jesus queria gerar uma postura nova nos homens que desconfiassem das regras porque sempre estamos dispostos a usá-las a nosso próprio favor. Jesus não é apresentado como um ser que passa a mão na cabeça dos homens e só olha para as dores e clemências. Ele instiga. Faz a pessoa olhar para dentro de si. Provoca a busca do auto-conhecimento e não deixar se seguir pelas regras e doutrinas impostas. A inteligência vem da alma, não dos conceitos formais apresentados para regrar a sociedade. “Jesus distribuía, sem trâmites, perdão e aceitação, mas não reservava paciência para os que o buscavam procurando orientação ética, isto é, conforto das certitudes morais. Tudo o que queremos é um manual com normas muito claras e um grande mestre diante do qual buscamos sanar dúvidas. Jesus recusou esse papel e não oferecia a ninguém o alívio que buscavam”, escreve o curitibano.


Fique ligado! A discussão de ontem foi muito positiva, o que promete ainda mais reflexão em torno do assunto. Da mesma forma, o que vem por aí com certeza acrescentará muito na nossa vida cristã.

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