15 de jun. de 2010

Política secular e eclesiástica

Por: P. Renato Luiz Becker

Não faz um mês experimentamos mais uma Assembléia do Sínodo Norte Catarinense. Ela se deu no pátio, no templo da Paróquia da Paz. Penso que no futuro essa nossa Assembléia será lembrada como um dos momentos políticos mais marcantes da nossa História. Sim... se fez e se faz política. Que bom que se fez política.

Hoje, depois muitos anos novamente passei meus olhos sobre velhos textos que li em 1993: Feuerbach, Marx, Nietzsche e Freud. Parece mentira, mas o tema “religião” é novamente atual uma vez que se liga com o desejo de conforto e responsabilidade; com todos os medos de possíveis choques de cultura que possam provocar rupturas.

Pessoas cristãs que se engajam na política não aceitam os fatos simplesmente como fruto do destino, mas como uma oportunidade de “fazer a hora”; como um desafio para o fomento do desenvolvimento orientado. Quando permitimos que amadores ou agitadores pensem e decidam por nós, acabamos correndo grande risco no que tange à experimentação da paz.

Conheço políticos seculares e eclesiásticos atuantes na Igreja e no mundo. Eles nos ajudam a adquirirmos uma visão sóbria daquilo que é possível se manter de pé ali onde uns e outros inexperientes e desorientados só percebem abundância de problemas.

Tenho diante de mim um texto da grande filósofa judia Hanna Ahrendt onde se lê: "Política tem tudo a ver com amor ao próximo, com amor ao mundo". Sinceramente, agradeço a todas e a todos que se envolvem com política dentro da nossa CEJ, da nossa IECLB. Esse povo nos ajuda a caminhar por caminhos mais pensados, trabalhados, aplainados.

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